Rozalba Maria Grime foi condenada a 56 anos e 10 meses de prisão pelo assassinato brutal de uma jovem grávida de oito meses, ocorrido em Canelinha, Santa Catarina. O crime, que chocou o país, aconteceu há 1 ano e 3 meses. Rozalba aguardava seu julgamento em prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Florianópolis e foi sentenciada após um longo júri popular.
O crime e a condenação
O julgamento começou na manhã de quarta-feira e durou mais de 15 horas. Rozalba foi ouvida no fim do dia, após as testemunhas prestarem seus depoimentos. Durante a investigação, a acusada confessou o crime no dia seguinte ao ocorrido. Ela foi condenada por feminicídio qualificado por motivo torpe e emprego de meio cruel, tentativa de homicídio, ocultação de cadáver, subtração de incapaz e fraude processual.
O marido de Rozalba, que inicialmente foi detido, negou qualquer envolvimento no crime e foi absolvido pela Justiça. O promotor do caso afirmou que ele não tinha conhecimento do plano da esposa.
A brutalidade do caso
Rozalba revelou que o crime foi motivado pelo desejo de roubar o bebê da vítima. Ela havia simulado uma gravidez e planejou cuidadosamente o assassinato. Para atrair a jovem grávida, prometeu organizar um chá de bebê e, no dia 27 de agosto de 2020, levou-a para uma cerâmica abandonada. Lá, golpeou a vítima várias vezes com um bloco de barro e, em seguida, abriu sua barriga com um estilete para retirar o bebê.
Após o ato brutal, Rozalba levou o bebê para o hospital da cidade, afirmando que o parto teria ocorrido na rua. No entanto, o comportamento suspeito e as inconsistências em seu relato levaram a equipe médica a contatar a polícia.
A investigação e confissão
O corpo da vítima foi encontrado na manhã seguinte, e Rozalba confessou o crime aos policiais no mesmo dia. A brutalidade e frieza com que o crime foi cometido provocaram comoção nacional. O julgamento da acusada encerra uma etapa desse trágico caso, trazendo à tona reflexões sobre a violência contra as mulheres e a importância de medidas de proteção.