Após operação: Bolsonaro fala sobre o caso, e deixa todos em choque ao dizer q… Veja mais

Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais nesta segunda-feira (14/4) para comentar sua recuperação após a sexta cirurgia decorrente do atentado que sofreu em 2018. Em tom emotivo, Bolsonaro afirmou que as primeiras 48 horas após o procedimento são “fundamentais” para o sucesso da recuperação e pediu que seus apoiadores continuem em oração.
O ex-presidente, que foi submetido a um procedimento de aproximadamente 12 horas no último domingo (13/4), ressaltou a gravidade da intervenção e agradeceu o apoio que vem recebendo de aliados, familiares e seguidores.
“Buscando forças para levantar da cama mais uma vez”, escreveu. “Vamos superar mais esse desafio, um dia de cada vez. Muito obrigado pelo carinho, pela compreensão e pelas orações.”
Procedimento considerado o mais invasivo desde o atentado de 2018
De acordo com Bolsonaro, a cirurgia realizada no domingo foi a mais invasiva entre todas que já enfrentou desde que foi atingido por uma facada durante um comício em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018. O agressor, Adélio Bispo, foi detido na ocasião e permanece internado em unidade psiquiátrica por decisão judicial.
O procedimento mais recente teve como objetivo a retirada de aderências intestinais — conhecidas como bridas — e a reconstrução parcial da parede abdominal. Essas bridas são formações de tecido cicatricial que surgem com frequência após cirurgias abdominais anteriores e podem causar dores intensas, obstruções e complicações mais graves.
O boletim médico divulgado pelo Hospital DF Star aponta que o estado clínico do ex-presidente é estável e que ele apresenta boa resposta ao tratamento pós-operatório. No entanto, o momento ainda é considerado crítico.
UTI e isolamento: visita apenas para familiares
Em seu comunicado público, Bolsonaro também justificou o motivo pelo qual está recebendo apenas familiares no hospital. A decisão, segundo ele, foi tomada em conjunto pela equipe médica e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, com o objetivo de preservar seu processo de recuperação.
“É essencial evitar conversas e estímulos que possam causar dilatação e até mesmo descolamento da parede abdominal — riscos que precisam ser evitados com máxima cautela”, explicou.
A medida também visa reduzir o estresse físico e emocional, garantindo um ambiente controlado e seguro durante as primeiras 48 horas após o procedimento, consideradas decisivas pela equipe médica.
Mobilização nas redes e apoio político
Desde a divulgação da cirurgia, políticos aliados, apoiadores e internautas têm se mobilizado nas redes sociais em apoio a Bolsonaro. Hashtags de solidariedade ganharam força nos trending topics e correntes de oração foram organizadas por seus eleitores, principalmente entre grupos evangélicos e conservadores.
Michelle Bolsonaro também compartilhou mensagens pedindo orações e atualizações sobre o estado de saúde do marido. O apoio virtual tem sido visto como uma estratégia de manter a base política mobilizada mesmo diante da ausência pública do ex-presidente.
Recuperação será lenta e requer atenção contínua
Especialistas afirmam que cirurgias com esse nível de complexidade demandam um período prolongado de recuperação, com acompanhamento intensivo para evitar novas complicações. Ainda não há previsão oficial para a alta hospitalar de Bolsonaro, que segue sob observação permanente na UTI.
Embora os sinais iniciais sejam positivos, os médicos reforçam que o quadro exige cautela. A expectativa é que, caso não haja intercorrências, o ex-presidente possa ser transferido para um quarto comum nos próximos dias e, em seguida, dar início ao processo de reabilitação.
