Após internação: Grande notícia sobre Bolsonaro acaba de ser confirmada, ele t… Veja mais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital DF Star, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (30), marcando um avanço significativo em sua recuperação após mais de duas semanas internado para tratamento de uma suboclusão intestinal. O caso, que mobilizou aliados políticos e gerou intensa cobertura midiática, evolui agora para uma nova etapa: a de cuidados clínicos fora da UTI, com reintrodução gradual da alimentação.
Desde sua internação, no último dia 13 de abril, Bolsonaro passou por uma cirurgia delicada para corrigir um bloqueio parcial no intestino. A causa do problema estaria relacionada a aderências formadas em seu trato intestinal, decorrentes das múltiplas cirurgias realizadas desde o atentado a faca sofrido em 2018, durante a campanha eleitoral.
A equipe médica divulgou, nesta quarta-feira, um boletim otimista: o paciente apresenta quadro estável, sem febre ou dores, com a pressão arterial controlada. A sonda nasogástrica foi retirada nesta terça (29), e Bolsonaro já deu início a uma dieta líquida. Esses são sinais positivos que indicam a retomada da função intestinal, uma das principais preocupações após o procedimento.
Linha do tempo da internação
- 13 de abril: Jair Bolsonaro é internado no DF Star após sentir fortes desconfortos abdominais. Antes, havia passado por atendimento em hospitais no Rio Grande do Norte, onde participava de um evento político.
- 14 de abril: Cirurgia realizada para tratar suboclusão intestinal. Médicos confirmam que a causa do bloqueio foram aderências formadas por cirurgias anteriores.
- 29 de abril: Retirada da sonda nasogástrica, com início de dieta líquida.
- 30 de abril: Bolsonaro deixa a UTI e é transferido para unidade semi-intensiva.
Suboclusão intestinal: o que é e por que inspira cuidados
A suboclusão intestinal é uma condição médica caracterizada por uma obstrução parcial no intestino, o que impede a passagem normal de alimentos e líquidos. Em casos mais graves, pode evoluir para uma obstrução total, exigindo intervenção cirúrgica de urgência. No caso de Bolsonaro, o histórico de múltiplas cirurgias abdominais contribuiu para o surgimento de aderências — tecido cicatricial que pode “colar” partes do intestino, dificultando seu funcionamento.
Especialistas afirmam que pacientes com esse tipo de complicação precisam de monitoramento contínuo, sobretudo nas primeiras semanas após o procedimento. O risco de novas aderências ou de infecção não está totalmente descartado, embora os sinais atuais indiquem evolução favorável.
Repercussão política e apoio de aliados
Desde a internação, políticos aliados do ex-presidente vêm acompanhando de perto seu estado de saúde. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e parlamentares da base bolsonarista fizeram visitas ao hospital e divulgaram mensagens públicas de apoio. Nas redes sociais, Bolsonaro agradeceu as orações e manifestações de solidariedade, reforçando que está confiante na recuperação.
Mesmo fora do cargo, o ex-presidente continua sendo uma figura central no cenário político brasileiro. Sua condição de saúde impacta diretamente a movimentação do PL e o planejamento de futuras campanhas, incluindo as eleições municipais de 2024 e uma possível candidatura nacional em 2026.
O peso do atentado de 2018 e seus desdobramentos médicos
A facada sofrida por Bolsonaro em setembro de 2018, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), deixou sequelas duradouras. Desde então, ele passou por pelo menos cinco intervenções cirúrgicas para tratar complicações relacionadas ao episódio. As cicatrizes internas, muitas vezes invisíveis ao grande público, continuam a afetar sua qualidade de vida e exigem cuidados médicos recorrentes.
A nova cirurgia é mais uma adição à longa lista de procedimentos, que inclui correções intestinais, drenagens e outras intervenções abdominais. Médicos já haviam alertado que a complexidade do quadro exigiria atenção contínua ao longo dos anos.
O que esperar nos próximos dias
Com a melhora clínica, a expectativa é de que Bolsonaro permaneça no hospital sob observação até a completa adaptação ao novo regime alimentar e recuperação da função intestinal plena. A volta à rotina, incluindo compromissos públicos e políticos, dependerá da evolução desse processo.
Por ora, o foco está na estabilidade e no cumprimento rigoroso das recomendações médicas. Fontes próximas ao ex-presidente afirmam que ele está de “ânimo elevado” e demonstra disposição para retomar sua agenda assim que liberado.
Conclusão
A saída da UTI representa um passo importante na trajetória de recuperação de Jair Bolsonaro, mas também acende o alerta para os desafios contínuos de saúde enfrentados por quem carrega, no corpo, as marcas de um atentado que mudou os rumos da história política recente do Brasil. Os próximos dias serão decisivos não apenas para sua plena recuperação física, mas também para definir o ritmo com que voltará a atuar nos bastidores do poder.