Após ser trocado por Michelle, médico que operou Bolsonaro decide falar a verdade s… Veja mais
O renomado cirurgião gastrointestinal Antônio Luiz Macedo, responsável por cinco intervenções cirúrgicas anteriores no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta semana que não foi convidado para acompanhar o procedimento realizado no último domingo (13/4), em Brasília. Segundo ele, se houvesse sido chamado, teria ido imediatamente.
“Se precisar ir por algum motivo, é lógico que eu vou. Mas eles não pediram. Eu torço para que ele fique bem”, declarou Macedo em entrevista ao portal Metrópoles, demonstrando surpresa com a ausência de convite e reafirmando sua disposição para atuar, caso solicitado.
Mudança na equipe médica teria sido decisão da família
Fontes próximas ao ex-presidente indicam que a decisão de alterar a equipe médica teria partido da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho de Jair Bolsonaro. A escolha por não incluir Macedo, que já havia se tornado uma figura habitual nos tratamentos do ex-mandatário, gerou especulações sobre possíveis desentendimentos internos — algo que o médico nega com veemência.
Relação com a morte de ex-deputada é ventilada
Um dos rumores que circulam nos bastidores da política e da medicina é o de que a troca pode estar ligada à morte da ex-deputada federal Amália Barros (PL-MT), em 2024. Amália faleceu após complicações decorrentes de múltiplas cirurgias para a retirada de um nódulo benigno no pâncreas — procedimentos realizados sob os cuidados do próprio Macedo.
Questionado sobre essa ligação, o cirurgião foi direto: “Não houve qualquer tipo de desentendimento. A decisão pela troca foi puramente logística. Eu atuo na rede D’Or, em São Paulo, e eles estão em Brasília. Isso naturalmente dificulta a minha presença constante”.
Cirurgia em Brasília sob comando de Cláudio Birolini
O novo procedimento de Jair Bolsonaro foi realizado no Hospital DF Star, em Brasília, com coordenação do cirurgião Cláudio Birolini, diretor do Serviço de Cirurgia Geral Eletiva do Hospital das Clínicas de São Paulo. A operação correu sem intercorrências, e Bolsonaro está em recuperação.
Macedo, por sua vez, elogiou o colega e demonstrou confiança na equipe escalada: “Foi tudo muito bem feito. O doutor Birolini é extremamente competente. Não há disputa, nem rivalidade. O que importa é que o presidente fique bem. Isso é o que todos queremos.”
Histórico de Macedo com Bolsonaro
A relação entre o ex-presidente e Antônio Luiz Macedo começou em 2018, após o atentado sofrido por Bolsonaro durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora (MG). Desde então, Macedo esteve à frente de todas as cirurgias relacionadas às complicações no sistema gastrointestinal do ex-mandatário, incluindo procedimentos delicados no abdômen e no intestino.
Por isso, o afastamento do médico nesta nova etapa do tratamento causou surpresa e foi visto por muitos como um rompimento simbólico da parceria que durou mais de cinco anos.
Neutralidade médica e foco na recuperação
Apesar da especulação, Macedo manteve um tom neutro e profissional ao comentar o assunto. “Sempre me dei muito bem com ele e com a família. Não estou triste nem diminuído. A prioridade é a saúde dele, e torço para que tudo continue bem.”
A fala do cirurgião reforça a ética médica diante de uma situação delicada que envolve uma figura pública com forte influência política. Mesmo afastado do caso, Macedo mostrou preocupação e responsabilidade ao evitar polêmicas e garantir que sua ausência não interfira no bom andamento da recuperação de Bolsonaro.
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