Na manhã desta sexta-feira (11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou mal enquanto estava em Santa Cruz, cidade do interior do Rio Grande do Norte, e foi levado para o hospital da cidade. Pouco depois, ele foi transferido de helicóptero para Natal, capital do estado. O Hospital Rio Grande, para onde ele foi encaminhado, divulgou o primeiro boletim médico mais tarde, que explicou o que estava acontecendo com o ex-presidente.
Segundo o hospital, Bolsonaro chegou com um quadro de “distensão abdominal”. Isso significa que ele estava com o abdômen distendido, ou seja, parecia inchado, e o centro médico afirmou que ele estava estável. No boletim, o hospital informou que ele estava “recebendo hidratação venosa”, ou seja, estava sendo hidratado por soro, e também estava fazendo exames e tomando antibióticos, como uma medida preventiva. Além disso, estava programado fazer exames de imagem, provavelmente para avaliar melhor o problema e ter uma visão mais detalhada da situação.
O hospital também disse que, depois de tomar remédios para aliviar a dor, o ex-presidente estava sem dor e orientado, ou seja, ele sabia onde estava e o que estava acontecendo. O centro médico também explicou que, dependendo dos resultados dos exames, poderiam decidir, junto com a família, se ele precisaria ser transferido para outro hospital mais especializado.
Agora, falando um pouco sobre o que aconteceu antes de ele ser hospitalizado, Bolsonaro estava em Santa Cruz para cumprir compromissos relacionados ao seu projeto “Rota 22”. Esse projeto faz parte de uma estratégia do Partido Liberal (PL), e tem como objetivo fortalecer a presença da legenda no Nordeste do Brasil, além de estreitar o diálogo entre a direita e a população local, alinhando as pautas do partido aos desejos e necessidades da população da região.
O Rota 22 começou justamente no Rio Grande do Norte e é uma série de visitas, seminários e oficinas que vão percorrer o país. De acordo com a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, o ex-presidente sentiu as dores abdominais por causa da facada que levou em 2018, durante a campanha eleitoral. Esse atentado ainda parece afetar a saúde de Bolsonaro, causando algumas complicações, como as que ele teve nesta sexta-feira.
Para quem acompanha a política, esse projeto Rota 22 é importante porque marca o início de um movimento para fortalecer a presença do PL em estados do Nordeste, onde a política de direita não tem tanta força. Ao que tudo indica, a intenção é se aproximar mais da população, conversar sobre suas necessidades e tentar fazer com que as pautas da direita se conectem com os anseios dessa região, que tem características e desafios próprios.
Por mais que o ex-presidente tenha enfrentado esse problema de saúde, é interessante notar que a movimentação política e as questões que envolvem o PL continuam, e o Rota 22 é uma das grandes apostas do partido para expandir sua influência no país.
Em resumo, Bolsonaro está bem, e sua recuperação parece estar no caminho certo, mas o episódio mostra o quão complexa ainda é a recuperação das consequências do atentado de 2018. Além disso, o Rota 22 segue como um projeto estratégico do PL, que visa fortalecer a ligação do partido com o Nordeste e outras regiões, com o objetivo de conquistar ainda mais apoio para suas futuras agendas políticas.
