O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), usou suas redes sociais nesta quinta-feira (11) para se manifestar sobre o estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De maneira direta, porém preocupada, ele compartilhou que está buscando informações atualizadas com pessoas próximas à família e aos profissionais de saúde, além de pedir orações aos apoiadores.
“Estou em contato com pessoas próximas para obter esclarecimentos sobre o quadro do velho. Mais uma vez, peço a todos orações e que torçam para que tudo dê certo. Logo mais, médicos passarão mais detalhes sobre o que está acontecendo”, escreveu Carlos em sua conta oficial do X (antigo Twitter).
A mensagem causou alvoroço entre os seguidores do clã Bolsonaro e reacendeu preocupações sobre a saúde do ex-presidente, que já passou por diversos procedimentos médicos desde que levou uma facada durante a campanha eleitoral de 2018.
Preocupação com o estado de saúde
Embora Carlos Bolsonaro não tenha revelado exatamente qual o problema enfrentado por Jair Bolsonaro neste momento, a publicação foi suficiente para gerar uma onda de especulações nas redes sociais. O ex-presidente já foi internado várias vezes nos últimos anos devido a complicações abdominais, muitas delas relacionadas ao atentado sofrido em Juiz de Fora.
Nos bastidores, aliados afirmam que a família tem evitado divulgar detalhes antes que um boletim médico oficial seja emitido. A expectativa é que, ainda nas próximas horas, os médicos responsáveis pelo tratamento divulguem uma atualização sobre o estado clínico do ex-mandatário.
Histórico de saúde de Bolsonaro
Desde o atentado de 2018, Jair Bolsonaro passou por pelo menos seis cirurgias — a maioria no sistema digestivo. Ele também foi hospitalizado em ocasiões posteriores por episódios de obstrução intestinal e dores abdominais.
Em janeiro de 2023, por exemplo, o ex-presidente foi internado nos Estados Unidos com dores abdominais logo após deixar o Brasil. Na ocasião, ele foi atendido em um hospital da Flórida e ficou sob observação por alguns dias.
A equipe médica que acompanha Bolsonaro inclui especialistas brasileiros e, em algumas ocasiões, profissionais consultados no exterior. O ex-presidente, que segue atuando politicamente mesmo fora do cargo, tem declarado publicamente que as consequências da facada ainda afetam sua saúde.
Repercussão política e mobilização nas redes
A publicação de Carlos Bolsonaro rapidamente viralizou e causou reações diversas entre políticos, jornalistas e internautas. Parlamentares aliados do ex-presidente também usaram suas redes para expressar apoio e desejar uma rápida recuperação.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) escreveu: “Força, presidente! Estamos orando por você. O Brasil precisa do senhor”. Já o senador Flávio Bolsonaro, irmão de Carlos, compartilhou a publicação sem comentários adicionais, aumentando o clima de apreensão.
Entre os apoiadores mais engajados, grupos de WhatsApp e Telegram ligados ao bolsonarismo começaram a organizar vigílias de oração e correntes de fé, além de cobrar mais transparência da equipe médica responsável.
Clima de mistério e ausência de informações oficiais
Até o momento, nenhuma instituição de saúde divulgou um boletim oficial com informações sobre o estado clínico de Jair Bolsonaro. Isso tem gerado desconforto não apenas entre simpatizantes, mas também entre analistas políticos que acompanham de perto os desdobramentos envolvendo o ex-presidente.
Especialistas apontam que o silêncio da família e a ausência de comunicados formais reforçam o mistério em torno da real gravidade do quadro. No entanto, fontes próximas à família garantem que o estado de saúde é estável e que não há risco iminente.
Bolsonaro fora do cargo, mas no centro do debate
Apesar de não ocupar mais o cargo de chefe do Executivo, Jair Bolsonaro segue sendo uma das figuras mais influentes da política nacional. Qualquer notícia relacionada à sua saúde ou movimentação gera reações imediatas tanto de apoiadores quanto de opositores.
Para muitos, a saúde de Bolsonaro pode ter impactos diretos na mobilização de sua base e nos rumos das eleições municipais de 2024, nas quais o ex-presidente pretende exercer papel ativo na articulação de candidaturas conservadoras pelo país.
