Notícias

Em prisão domiciliar, Bolsonaro entra em crise, tem agravamento no quadro de saúde e faz pedido a Alexandre de Moraes

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou mais um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Desta vez, a solicitação é pra que médicos possam visitá-lo em sua prisão domiciliar sem precisar daquela burocracia de pedir autorização antes. A informação foi publicada pelo jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, e já tá repercutindo bastante nos bastidores de Brasília.

O motivo alegado pelos advogados é a saúde de Bolsonaro, que, segundo eles, teria piorado nos últimos dias. O ex-presidente estaria sofrendo crises de soluço persistentes, algo que já o incomodava antes, mas que teria se intensificado depois da decisão de Moraes que determinou a prisão domiciliar.

No pedido formal enviado ao STF, a defesa pede que o médico Cláudio Birolini — o mesmo que fez a última cirurgia de Bolsonaro — e outros três profissionais que fazem parte da equipe dele tenham acesso livre ao paciente. Ou seja, que possam entrar na casa e atendê-lo sempre que necessário, sem depender de despacho do ministro. Para os advogados, essa é a única maneira de garantir que o acompanhamento médico seja feito de forma adequada e sem atrasos que possam prejudicar o tratamento.

Saúde sob holofotes

Metrópoles já tinha noticiado as crises de soluço antes mesmo de Bolsonaro começar a cumprir a prisão domiciliar. Quem o acompanha diz que, em alguns momentos, as crises são tão intensas que atrapalham a fala e até a alimentação. A defesa argumenta que, se cada atendimento tiver que passar por análise e autorização, o risco de demora é alto — e, no caso de problemas de saúde, tempo perdido pode ser perigoso.

Atualmente, a decisão de Moraes permite visitas de filhos, netos e noras sem precisar pedir autorização toda vez. Qualquer outra pessoa — inclusive médicos — precisa que o ministro libere antes. O que os advogados querem agora é justamente incluir a equipe médica nessa lista de exceções.

Prisão domiciliar e clima político

A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada dentro de um processo que corre no STF, e a medida já vinha gerando um clima tenso no cenário político. Entre apoiadores, a decisão foi vista como exagerada; entre críticos, como necessária. O fato é que o tema voltou a ganhar força com esse novo capítulo sobre o acompanhamento médico.

Essa não é a primeira vez que a saúde de Bolsonaro vira pauta nacional. Durante seu mandato e até antes dele, as internações, cirurgias e tratamentos foram assunto recorrente na imprensa. Agora, com a prisão domiciliar, cada detalhe acaba sendo usado por aliados e opositores para reforçar seus discursos. Uns falam em perseguição, outros afirmam que não existe nada de ilegal nas condições impostas.

E, claro, a história chega num momento político delicado. A oposição segue tentando capitalizar qualquer desgaste que a situação traga para o ex-presidente, enquanto aliados reforçam a narrativa de que ele está sendo alvo de medidas duras demais, até no campo da saúde.

No meio disso tudo, Moraes segue com a caneta na mão, sendo o responsável por decidir não apenas sobre a prisão, mas também sobre questões pontuais como essa das visitas médicas. Caso aceite o pedido, a equipe de Cláudio Birolini poderia atender Bolsonaro sem esperar autorização — o que, segundo os advogados, seria essencial para manter a integridade física do ex-presidente.

Enquanto o STF não se pronuncia, Bolsonaro permanece em casa, com visitas controladas e sob vigilância. A expectativa é que Moraes se manifeste nos próximos dias, já que a petição foi protocolada com caráter de urgência. Até lá, o assunto continua sendo discutido em corredores, grupos de WhatsApp e mesas de café — porque, no Brasil de hoje, política, saúde e notícia quente acabam sempre misturadas no mesmo prato.

Botão Voltar ao topo