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Jovem de 18 Anos é Assassinada na Zona Norte do Rio: Suspeito é Vendedor de Yakisoba

A Zona Norte do Rio de Janeiro foi palco de uma tragédia que chocou moradores e mobilizou as redes sociais neste fim de semana. Marcelle Julia Araújo da Silva, de apenas 18 anos, foi encontrada morta após quatro dias desaparecida. O caso, investigado como feminicídio, aponta como principal suspeito o chinês Zhaohu Qiu, de 35 anos, que está foragido.

Desaparecimento de Marcelle: O Encontro Fatal

Marcelle desapareceu no dia 11 de junho, ao sair de bicicleta de casa para encontrar Zhaohu, que era conhecido da família e vendia yakisoba em um food truck. Câmeras de segurança mostram a jovem entrando na casa do suspeito, no bairro Jardim América, mas não há imagens dela saindo. Esse foi o último registro de Marcelle com vida.

Zhaohu, por outro lado, foi visto algumas horas depois empurrando um carrinho de mercado, o que inicialmente não levantou suspeitas devido à sua rotina de trabalho. Contudo, os investigadores acreditam que o objeto foi utilizado para transportar o corpo da vítima até outra casa, localizada na comunidade Beira Rio, na Pavuna, onde o corpo foi abandonado.

Corpo foi Encontrado em Casa com Cães Soltos

A descoberta do corpo partiu de uma cunhada de Marcelle, que decidiu averiguar o paradeiro da jovem por conta própria. Com ajuda de uma conhecida do suspeito — que possuía uma chave da residência para alimentar os cães — a mulher entrou na casa na Pavuna e se deparou com uma cena perturbadora: o corpo de Marcelle mutilado pelos cães, já em avançado estado de decomposição.

A polícia acredita que o uso dos animais foi uma tentativa de eliminar provas e dificultar a identificação da vítima. Além disso, o celular e a bicicleta de Marcelle sumiram, e há indícios de que a bicicleta foi jogada em um rio próximo ao local, o que reforça a tese de ocultação do crime.

Justiça Decreta Prisão do Principal Suspeito

O principal suspeito, Zhaohu Qiu, teve sua prisão temporária decretada, mas segue foragido. Até o momento, ele não foi localizado pelas autoridades, o que gera revolta e sensação de insegurança entre os moradores da região.

Familiares de Marcelle descrevem o homem como educado, tranquilo e sem histórico de agressividade. Esse perfil aparentemente inofensivo contribuiu para o choque causado pela brutalidade do crime. De acordo com testemunhos, mesmo após o suposto assassinato, o suspeito continuou circulando normalmente pela vizinhança, como se nada tivesse acontecido.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu o caso e segue com diligências intensificadas para localizar o autor do crime e entender as motivações por trás desse ato cruel.

Crime Planejado com Frieza: Indícios Aumentam a Revolta

Para a família, não restam dúvidas de que o crime foi premeditado. O uso dos cães, a transferência do corpo, e a tentativa de ocultar objetos pessoais de Marcelle são sinais de planejamento e frieza. Eles pedem justiça e celeridade na captura do suspeito, que fugiu sem deixar rastros.

A comoção nas redes sociais é grande, com usuários exigindo ações mais firmes contra feminicídios no país. O caso de Marcelle reforça o sentimento de urgência na criação de mecanismos mais eficazes de proteção à mulher, especialmente as mais jovens, que frequentemente são vítimas de relações abusivas disfarçadas de amizade ou afeto.

Um Alerta à Sociedade: Feminicídio Não Pode Ser Ignorado

O assassinato brutal de Marcelle não é apenas uma tragédia familiar, mas um alerta à sociedade brasileira. Casos como esse, infelizmente, se repetem com frequência assustadora, muitas vezes sem a devida atenção da mídia ou das autoridades.

Denunciar comportamentos suspeitos, fiscalizar relações desequilibradas e apoiar vítimas de violência são atitudes que podem salvar vidas. A memória de Marcelle agora se junta a tantas outras histórias interrompidas, com um pedido silencioso, mas urgente: “Parem de nos matar.”

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