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Michelle Bolsonaro detona Lula e critica ameaças à liberdade no Brasil: ‘Inadmissível…’

Michelle Bolsonaro ataca Lula em ato no Pará e reacende debates dentro do bolsonarismo

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro voltou a ocupar o centro do noticiário político após um discurso inflamado durante um ato realizado neste fim de semana em Belém, no Pará. Cercada por apoiadores vestidos de verde e amarelo, ela fez duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), usando termos ofensivos que rapidamente viralizaram nas redes sociais e reacenderam a polarização política.

Discurso duro contra o governo Lula

Em cima de um carro de som, Michelle adotou um tom combativo e não poupou palavras ao se referir ao presidente. Em meio aos gritos de apoio da plateia, ela chamou Lula de “cachaceiro sem-vergonha” e acusou o governo federal de entregar riquezas nacionais e firmar alianças com regimes que, segundo ela, não respeitam a democracia.

A ex-primeira-dama também questionou a postura do presidente diante de suas próprias declarações, afirmando que ele “não assume o que fala”. As falas dividiram opiniões: enquanto apoiadores aplaudiram a contundência, críticos apontaram excesso e radicalização no discurso.

Críticas ao STF e ao PT

Além dos ataques diretos a Lula, Michelle Bolsonaro direcionou parte de suas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ela, o Brasil estaria vivendo um momento de ameaça às liberdades fundamentais, como a liberdade de expressão e a liberdade religiosa. A ex-primeira-dama afirmou que há perseguição ideológica e responsabilizou decisões judiciais pelo que considera um enfraquecimento de direitos.

Ela também criticou o Partido dos Trabalhadores, destacando o que chamou de contradição histórica. Michelle lembrou que o PT já se posicionou contra a indicação de Alexandre de Moraes ao STF e hoje mantém relação próxima com o ministro, argumento que foi usado para reforçar seu discurso de incoerência política.

Ausência na Avenida Paulista gera desconforto

O ato em Belém integrou uma série de manifestações bolsonaristas realizadas em várias cidades do país. No entanto, um detalhe chamou atenção até mesmo entre aliados: Michelle não participou do grande ato realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, considerado por muitos o principal e mais simbólico do fim de semana.

De acordo com informações divulgadas pela imprensa, a ausência causou desconforto em setores do próprio bolsonarismo. Nos bastidores, houve comentários de que a ex-primeira-dama deveria ter priorizado o evento paulista, onde estavam algumas das principais lideranças do movimento conservador.

Justificativa oficial e estratégia política

A assessoria de Michelle Bolsonaro se manifestou para explicar a ausência. Em nota, informou que ela já tinha compromisso previamente agendado em Marabá (PA), onde participou de um evento do PL Mulher. Segundo a equipe, a estratégia do movimento foi descentralizar as manifestações, permitindo atos simultâneos em diferentes capitais.

Mesmo com a justificativa, o episódio alimentou debates internos sobre o grau de protagonismo que Michelle pretende assumir nos próximos anos. Seu nome é frequentemente citado como possível candidata em 2026, seja para cargos majoritários ou até mesmo para a Presidência da República.

Liderança em evidência e olhar para 2026

Michelle Bolsonaro segue como uma das figuras mais populares do campo conservador, especialmente entre o público evangélico. Seu estilo direto, discurso emocional e forte conexão com a base bolsonarista são vistos como ativos políticos relevantes.

Ao mesmo tempo, cada aparição — ou ausência — passa a ser analisada com atenção redobrada. Com o calendário eleitoral se aproximando, movimentos estratégicos ganham peso e ajudam a moldar a percepção sobre seu papel futuro na direita brasileira.

O episódio em Belém reforça que Michelle permanece disposta ao confronto político, mas também mostra que, dentro do próprio bolsonarismo, expectativas e cobranças aumentam à medida que 2026 se aproxima.

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