Envenenamento em Parnaíba: Tragédia Familiar Ganha Nova Vítima Fatal
A madrugada desta segunda-feira, 6 de janeiro, foi marcada por mais uma perda devastadora em Parnaíba, no litoral do Piauí. Maria Lauane Fontenele da Silva, de apenas 3 anos, tornou-se a terceira vítima fatal de um envenenamento que chocou o Brasil. A criança estava internada na UTI pediátrica do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) desde o dia 1º de janeiro, após ingerir alimentos contaminados.
Uma Tragédia Familiar
O caso teve início durante as celebrações de Ano Novo, quando nove membros da família de Francisca Maria Alves da Silva, 33 anos, consumiram um baião de dois que, segundo investigações, estava envenenado com “chumbinho” – veneno de rato altamente tóxico. Entre os afetados, Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, e uma criança de 1 ano e 8 meses foram as primeiras vítimas fatais.
Francisca Maria permanece em estado crítico, respirando com a ajuda de aparelhos no Hospital Nossa Senhora de Fátima. Outras duas crianças, de 3 e 4 anos, seguem internadas no HUT, recebendo cuidados intensivos.
Investigação e Detalhes do Envenenamento
A Polícia Civil apurou que o envenenamento aconteceu após as festividades do Réveillon. Segundo o delegado Abimael Silva, a família consumiu o baião de dois na noite do dia 31 de dezembro sem sintomas. Os problemas começaram no dia seguinte, após o consumo das sobras do alimento.
Exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmaram a presença de “chumbinho” nos restos alimentares e nos corpos das vítimas. Essa substância, que ataca o sistema nervoso, pode causar convulsões, tremores, dificuldades respiratórias e, em casos graves, levar à morte.
O delegado declarou que o crime foi deliberado e teria ocorrido dentro da residência da família. “Todas as evidências apontam para um envenenamento intencional. Estamos analisando possíveis conexões com outro caso trágico na família”, afirmou.
Histórico de Envenenamentos
O episódio reacendeu memórias de outro caso trágico na mesma família. Em 2023, os meninos Ulisses Gabriel e João Miguel, de 7 e 8 anos, morreram após ingerirem cajus envenenados. Na ocasião, Lucélia Maria da Conceição Silva, vizinha das crianças, foi indiciada por homicídio qualificado.
Embora as autoridades ainda não tenham confirmado ligação entre os dois incidentes, o histórico de envenenamentos na família levanta questionamentos sobre motivações e padrões.
Comunidade de Luto
O caso abalou a comunidade de Parnaíba. Nas redes sociais, mensagens de solidariedade e indignação se multiplicam. Especialistas alertam para o uso indiscriminado do “chumbinho”, uma substância proibida no Brasil, mas ainda disponível no mercado clandestino.
A morte de Maria Lauane intensifica a busca por respostas. Com três mortes confirmadas e outras vítimas ainda em estado grave, a família enfrenta uma dor incomensurável.
Um Clamor por Justiça
Enquanto as investigações continuam, a comunidade de Parnaíba se une em um apelo por justiça. Mais do que uma tragédia familiar, o caso expõe a vulnerabilidade de muitas comunidades diante de substâncias ilegais e perigosas.
A dor da perda é imensa, mas também impulsiona a luta por segurança e prevenção. Que as autoridades possam identificar os responsáveis e evitar que tragédias como essa se repitam.
