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Se for sensível não veja: Bolsonaro deixa todos em choque ao postar foto da sua cirurgia, el… Ver mais

O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta um dos capítulos mais delicados de sua trajetória desde que deixou o Palácio do Planalto. Aos 69 anos, ele está internado em Brasília, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após passar por uma cirurgia de emergência de mais de 12 horas. O procedimento, realizado no domingo (13), teve como objetivo tratar uma grave obstrução intestinal — complicação associada ao histórico cirúrgico que começou após a facada sofrida durante a campanha de 2018.

A situação gerou enorme comoção nas redes sociais, reacendeu debates sobre sua saúde e levantou especulações sobre o impacto da internação em seu futuro político.

Como tudo começou

A crise de saúde teve início na sexta-feira, 11 de abril, durante uma visita a Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte. Bolsonaro sentiu fortes dores abdominais e procurou atendimento médico local. Em pouco tempo, foi transferido de helicóptero para Natal e, depois, para Brasília, onde a equipe médica decidiu por uma laparotomia exploradora — cirurgia de alto risco usada para investigar e corrigir problemas internos.

Durante o procedimento, foram identificadas e removidas aderências intestinais. Também foi necessária a reconstrução parcial da parede abdominal, reflexo de complicações acumuladas por conta de cirurgias anteriores.

Estado de saúde: estável, mas requer cuidados

Os boletins médicos mais recentes apontam que o ex-presidente está clinicamente estável, com a pressão arterial controlada. No entanto, ele segue sem previsão de alta, alimentando-se por via venosa e submetido a sessões intensivas de fisioterapia.

Por orientação médica, as visitas foram suspensas, e o repouso absoluto foi imposto. Os médicos realizam monitoramento contínuo, com trocas de curativo e manutenção do dreno abdominal.

Em uma rara manifestação durante o feriado de Páscoa, Bolsonaro publicou uma imagem nas redes sociais exibindo uma extensa cicatriz e o dreno ainda instalado. Na legenda, agradeceu pelas orações e demonstrou otimismo:

“Vamos vencer mais essa etapa.”

O peso político da recuperação

Mais do que uma questão de saúde, a internação de Bolsonaro pode provocar consequências políticas significativas. Embora fora do poder, ele ainda exerce forte influência sobre a direita brasileira e participa, mesmo que informalmente, das articulações para as eleições de 2026.

O afastamento prolongado dos eventos públicos e das redes pode dificultar esse papel, abrindo espaço para novas lideranças ou alterando estratégias do seu grupo político.

Por outro lado, a imagem do ex-presidente fragilizado, enfrentando mais uma batalha pessoal, tem reforçado a empatia e o vínculo emocional com seus apoiadores. As redes sociais foram inundadas por mensagens de solidariedade, correntes de orações e homenagens — fenômeno que também contribui para manter sua base mobilizada, mesmo durante o silêncio forçado.

Exposição calculada ou gesto de transparência?

A decisão de compartilhar publicamente imagens do pós-operatório dividiu opiniões. Para uns, trata-se de um gesto de transparência e humanização, reforçando sua imagem de resiliência. Para outros, é uma estratégia de comunicação política cuidadosamente calculada para gerar comoção e manter a relevância em um momento de inatividade.

De qualquer forma, a saúde de líderes políticos sempre foi fator de influência sobre a percepção pública. E, no caso de Bolsonaro, isso se torna ainda mais sensível diante da proximidade com o calendário eleitoral e das disputas internas por espaço na direita brasileira.

O que esperar daqui pra frente?

Com a saúde em foco e a política em segundo plano, Bolsonaro enfrenta agora uma recuperação que pode levar semanas — ou até meses. A cada novo boletim, cresce o interesse público e a expectativa em torno de seu retorno à ativa.

Enquanto isso, aliados, adversários e analistas acompanham de perto os desdobramentos desse episódio, que pode redesenhar parte do cenário político nacional.

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