O mundo do entretenimento perdeu um artista que, mesmo longe dos grandes holofotes de Hollywood, deixou uma marca profunda em cada papel que interpretou. Samuel French, conhecido por sua atuação em Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese, e pela série Fear The Walking Dead, faleceu aos 45 anos, vítima de um câncer. A notícia foi confirmada pelo diretor Paul Sinacore, com quem French trabalhou recentemente no longa Towpath, ainda inédito.
Uma batalha silenciosa, mas corajosa
Discreto sobre sua vida pessoal, French compartilhou, há apenas duas semanas, uma de suas últimas postagens nas redes sociais: uma foto no hospital, recebendo hidratação intravenosa. “Recebendo soro intravenoso para hidratação muito necessária”, escreveu. O gesto tocou seus seguidores e revelou a honestidade de um artista que viveu com coragem até o fim.
Segundo amigos próximos, o ator enfrentava o câncer com dignidade, mantendo-se ativo e comprometido com a atuação até seus últimos dias.
Towpath: seu papel mais marcante
No longa Towpath, ambientado em 1964 durante o movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, Samuel interpretou o Detetive Bernard Crooke — um personagem complexo, exigente e profundamente humano. Para o diretor Paul Sinacore, a presença de French foi essencial.
“Towpath não existiria sem ele. A intensidade que trouxe ao papel definiu o tom do filme. Ele atuava com uma paixão crua, sem filtros, que incendiava cada cena”, escreveu Sinacore em tributo público.
O filme, ainda sem data de estreia, agora se torna uma homenagem definitiva à carreira de um ator que viveu para contar histórias com autenticidade.
Carreira longe do estrelato, mas cheia de impacto
Embora não tenha sido um nome amplamente conhecido do grande público, Samuel French construiu uma carreira sólida, marcada por atuações densas e verdadeiras. Em Assassinos da Lua das Flores, destacou-se com uma performance contida, mas impactante, ao lado de Leonardo DiCaprio e Robert De Niro. Na série Fear The Walking Dead, demonstrou sua versatilidade, conquistando novos fãs.
Colegas de cena frequentemente o descreviam como “um ator que escutava com os olhos” — tamanha era sua capacidade de transmitir emoção sem palavras.
Um artista que viveu para interpretar
Mais do que o talento técnico, French era conhecido por sua integridade. Sua motivação não vinha da fama, mas do desejo de mergulhar na complexidade humana. Em entrevistas, dizia que atuar era “uma forma de compreender o outro, mesmo que só por alguns minutos”.
A morte de Samuel French deixa uma lacuna na arte, mas seu legado sobrevive nas obras que assinou e no carinho de quem teve o privilégio de trabalhar com ele.
Quando Towpath finalmente estrear, será mais do que um lançamento: será um tributo a um artista que, com silêncio e profundidade, tornou-se inesquecível.
