Na manhã de sexta-feira, 24 de janeiro, um episódio devastador abalou a cidade de Patos, na Paraíba. Hermínia Conceição Siqueira Silva, de apenas 25 anos, faleceu após complicações graves na Unidade de Pronto Atendimento Otávio Pires de Lacerda (UPA). A jovem, que havia dado à luz seu segundo filho há apenas 11 dias, viu sua felicidade ser interrompida por um desfecho trágico.
Uma Família Despedaçada
Moradora do Conjunto José Mariz, Hermínia começou a se sentir mal em casa. Diante da gravidade da situação, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e a encaminhou às pressas para a UPA. Ela chegou à unidade por volta das 07h30, mas, apesar dos esforços médicos, não resistiu e faleceu às 10h00.
A notícia de sua morte causou grande comoção. Além do marido e do bebê recém-nascido, Hermínia deixou também uma filha de dois anos. Era uma mulher jovem, cheia de sonhos e promessas para o futuro. Formada em odontologia, ela havia construído uma vida sólida ao lado da família. Amigos relatam a dor irreparável de perder alguém tão querida:
“Os pais dela investiram tudo para que ela tivesse uma vida boa aqui. Casamento, casa própria, um mercadinho para o marido administrar… E agora, tudo isso foi interrompido de forma tão cruel.”
Dúvidas e Questionamentos: O Que Deu Errado?
A morte repentina da jovem mãe levanta uma série de dúvidas. O que causou as complicações? Por que ela foi levada para a UPA em vez da Maternidade Dr. Peregrino Filho, onde havia dado à luz? Essas perguntas ecoam entre familiares e amigos que buscam entender o que poderia ter sido feito para evitar essa tragédia.
A escolha do atendimento na UPA, e não em uma unidade especializada em saúde materna, é um ponto que gera questionamentos. Especialistas alertam que mulheres no puerpério podem enfrentar complicações sérias, como hemorragias e infecções, e a assistência adequada pode fazer toda a diferença entre a vida e a morte.
Um Alerta Para o Futuro
A dor da família de Hermínia não pode ser desfeita, mas sua história levanta um alerta para a importância de um atendimento rápido e adequado para puérperas. A tragédia reforça a necessidade de que protocolos de saúde sejam revistos e que gestantes e mães recentes recebam a atenção especializada que necessitam.
Enquanto isso, a cidade de Patos se despede de Hermínia com pesar. O luto coletivo evidencia o quanto sua partida foi prematura e deixa um forte apelo para que casos como esse sejam evitados no futuro.
