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Direto da UTI: Bolsonaro dar notícia que enche o coração do Brasileiro de alegria, ele p… Ver mais

Uma nova manifestação de forte simbolismo político está marcada para o próximo 7 de maio, em Brasília. Organizada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ato tem como principal bandeira o pedido de anistia aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023 — um dos episódios mais graves da história recente da democracia brasileira.

A mobilização ocorre em meio a novas tensões entre setores conservadores e o Judiciário, e promete reunir lideranças religiosas, políticos e apoiadores do ex-presidente, que mesmo sem presença física no evento, segue sendo o principal nome por trás da convocação.

Bolsonaro não irá, mas fará convocação por vídeo

Apesar de ser o idealizador do ato, Bolsonaro não comparecerá pessoalmente. Internado na UTI do hospital DF Star, em Brasília, desde o dia 11 de abril, ele gravará um vídeo convocatório que será exibido nas redes sociais e durante a manifestação.

Quem está à frente da organização do evento é o pastor Silas Malafaia, uma das figuras mais próximas do ex-presidente no meio evangélico. Presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Malafaia confirmou à imprensa que o ato terá transmissão ao vivo em seus canais digitais e contará com a presença de diversos parlamentares e líderes religiosos.

“Estamos convocando o povo de bem, aqueles que creem na liberdade e na justiça, para pedir o que é justo: anistia para os injustiçados do 8 de janeiro“, declarou o pastor.

Um movimento nacional em expansão

O ato em Brasília não é um evento isolado. Faz parte de uma série de manifestações que vêm sendo organizadas por bolsonaristas desde o início do ano. Em março, um grande encontro foi realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro. No início de abril, foi a vez da Avenida Paulista, em São Paulo, servir de palco para os mesmos pedidos.

Essas manifestações têm mobilizado milhares de pessoas e gerado ampla repercussão nas redes sociais. Enquanto críticos veem nelas um risco à institucionalidade, os organizadores insistem que se trata de uma defesa da liberdade de expressão e dos direitos civis.

A polêmica da anistia

O pedido de anistia envolve uma questão sensível. Os atos do dia 8 de janeiro de 2023 foram amplamente condenados por autoridades brasileiras e por observadores internacionais. Na ocasião, milhares de manifestantes invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Mais de 1.400 pessoas foram presas e diversas delas já receberam penas superiores a 15 anos de prisão.

A proposta de anistia tem enfrentado resistência no Congresso e entre juristas. Críticos alegam que anistiar os condenados seria o mesmo que legitimar ataques à democracia. Já os defensores do perdão jurídico argumentam que muitos dos presos foram vítimas de prisões arbitrárias ou responderam a um chamado popular sem compreender a gravidade de seus atos.

A internação de Bolsonaro e seu papel político

Mesmo hospitalizado, Jair Bolsonaro segue sendo uma figura central no movimento conservador. A ausência física não tem impedido que sua influência permaneça forte entre os fiéis apoiadores. Sua internação, no entanto, tem gerado especulações sobre seu futuro político e possíveis limitações para 2026.

Nos bastidores, aliados admitem que a situação de saúde do ex-presidente pode levar a uma transição de protagonismo para novos nomes da direita. Por ora, porém, Bolsonaro segue sendo o rosto por trás das movimentações de rua e o principal símbolo da resistência bolsonarista.

O que esperar do dia 7 de maio?

Com a mobilização prevista para ocorrer na Esplanada dos Ministérios, em frente aos prédios dos Três Poderes, o evento do dia 7 é visto com atenção máxima pelas autoridades. O Ministério da Justiça e o Governo do Distrito Federal devem montar um esquema especial de segurança, visando evitar confrontos ou qualquer tentativa de repetição dos atos violentos de 2023.

Embora os organizadores prometam um ato pacífico, o histórico recente e a pauta controversa fazem com que o evento seja visto como potencialmente explosivo.

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