Tragédia no Himalaia: Helicóptero com peregrinos cai na Índia e deixa sete mortos
Uma nova tragédia aérea abalou a Índia na manhã deste último domingo, 15 de junho. Um helicóptero que transportava sete pessoas caiu em uma região montanhosa do Himalaia, matando todos os ocupantes a bordo. O acidente envolveu cinco peregrinos hindus, um membro do comitê do santuário e o piloto da aeronave. A tragédia reacendeu alertas sobre as falhas de segurança em voos de curta distância, especialmente em zonas de difícil acesso.
As primeiras informações apontam que a aeronave enfrentava condições meteorológicas extremamente adversas. O caso já está sob investigação, mas os sinais indicam que a densa neblina e a baixa visibilidade foram fatores determinantes no acidente.
Helicóptero cai durante rota de peregrinação no Himalaia
O voo fazia uma rota conhecida por ser um destino sagrado entre os hindus. A aeronave havia partido de um santuário com destino à cidade de Guptkashi, em Uttarakhand, no norte da Índia. Trata-se de uma das trilhas aéreas mais utilizadas por devotos que buscam alcançar os templos situados nas regiões montanhosas.
Infelizmente, o que era para ser uma jornada espiritual terminou em desastre. Autoridades locais confirmaram que o helicóptero caiu em uma área remota do distrito de Rudraprayag, no coração do Himalaia. A queda aconteceu durante a manhã, e equipes de resgate foram acionadas imediatamente, mas encontraram todos os passageiros já sem vida.
Condições climáticas extremas podem ter causado o acidente
Relatórios preliminares apontam que o helicóptero voava sob uma densa neblina e com visibilidade quase nula. A meteorologia adversa é um desafio constante para voos em regiões montanhosas como o Himalaia, onde o clima muda drasticamente em questão de minutos.
Segundo o jornal The Times of India, essa não é a primeira ocorrência na região. Somente nos últimos 45 dias, a mesma rota registrou dois acidentes e três pousos de emergência. A reincidência acende um sinal vermelho quanto às normas de segurança e à fiscalização dos voos locais.
O governo estadual já anunciou a suspensão temporária de todos os voos de peregrinação até que as condições climáticas melhorem e os protocolos de segurança sejam revisados.
Vítimas identificadas e comoção nacional
As vítimas foram identificadas como cinco peregrinos hindus, um funcionário do comitê do templo e o piloto do helicóptero. Os corpos foram retirados da região de difícil acesso com o apoio de equipes especializadas em resgate de alta montanha.
O ministro-chefe do estado, Pushkar Singh Dhami, expressou pesar pela tragédia por meio de uma publicação na plataforma X (antigo Twitter):
“Recebemos uma notícia muito triste sobre a queda de um helicóptero no distrito de Rudraprayag. Determinei a mobilização imediata das equipes de resgate e exigi uma apuração oficial sobre o acidente.”
A comoção tomou conta das redes sociais e de devotos de todo o país, especialmente pelo fato de os passageiros estarem em missão espiritual. O luto também é intensificado pela tragédia ocorrida dias antes, quando um avião da Air India caiu próximo a um aeroporto, causando a morte de 279 pessoas.
Crise aérea na Índia: falhas estruturais e riscos constantes
Este acidente é mais um capítulo trágico em um cenário preocupante na aviação indiana. Apesar do crescimento do setor, múltiplas ocorrências graves em curto espaço de tempo indicam falhas sistêmicas, especialmente nas operações aéreas em áreas montanhosas.
As autoridades estão sendo pressionadas a rever os protocolos de segurança em voos turísticos e religiosos. Especialistas afirmam que muitas empresas operam sob condições mínimas de visibilidade, forçando pilotos a enfrentar riscos extremos para cumprir horários e itinerários apertados.
O governo central prometeu uma auditoria rigorosa em todas as empresas que operam rotas nos Himalaias, além de reavaliar a viabilidade de voos sob condições climáticas adversas.
