No último domingo, 15 de setembro, o médico Bruno Gino, que tem um mestrado pela Universidade de Ontário e é especialista em Saúde Pública no Canadá, levantou uma polêmica ao afirmar que Pablo Marçal teria fingido uma lesão após um incidente envolvendo José Luiz Datena. Segundo Gino, o empresário usou uma foto para alegar uma situação mais grave do que realmente era, e essa foto ajudou o médico a concluir que Marçal não estava sendo completamente honesto sobre sua condição.
Gino fez uma postagem em suas redes sociais explicando que, com base na cor da pulseira que Marçal usava, o diagnóstico de “fratura de costela e falta de ar” parecia inconsistente. “Sou médico há quase 10 anos, mestre pela University of Ontario e professor na área de Emergência em uma escola de medicina na América do Norte há mais de três anos. Posso dizer com certeza: Se alguém aparece com uma pulseira dessa cor [indicando um caso não tão grave], o código CID é Z765”, escreveu ele.
Para quem não conhece, o CID, que é a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, usa códigos alfanuméricos para categorizar lesões, doenças e outras condições de saúde em um padrão global. O código Z765, citado por Gino, refere-se a “pessoa fingindo estar doente” em uma “simulação consciente”.
Gino também mencionou que a cor da pulseira, que Marçal usava na foto, faz parte do Protocolo de Manchester. Essa pulseira verde é usada para pacientes que têm “pouca urgência”, significando que podem esperar pelo atendimento ou serem encaminhados a outros serviços. O tempo de espera para esses casos é de cerca de duas horas.
A declaração de Gino gerou uma onda de reações na internet. Muitos apoiadores de Marçal ficaram revoltados com a afirmação. Alguns internautas criticaram Gino diretamente, com uma seguidora dizendo: “Pablo Marçal foi ao hospital só para pegar um atestado.” Outro comentário dizia: “Essa gente acha que todos são burros. Já conhecemos essa estratégia.”
Por outro lado, os defensores de Marçal lembraram que um laudo médico do Hospital Sírio-Libanês confirmava “traumatismo” na região torácica e na mão direita do empresário. Um seguidor questionou diretamente Gino sobre a validade do laudo: “O boletim médico foi fraudado? Foi assinado pelos médicos Dr. Luiz Francisco Cardoso e Dra. Marina Sahade. Hospital Sírio-Libanês. Se puder responder de forma direta, agradeço. Estou esperando para tirar um print.”
Além disso, houve críticas sobre a compreensão de Gino sobre o sistema de pulseiras nos hospitais. Um usuário apontou: “Você é médico e não sabe que a pulseira dentro da internação não tem relação com a classificação de triagem de risco. Por exemplo, na UTI onde trabalho, a pulseira branca é para identificação, a verde para risco de lesão por pressão, a laranja para risco de quedas e a vermelha para alergias. A triagem de risco é algo utilizado só no acolhimento. Depois que o paciente está internado, tudo muda.”
Assim, a discussão em torno das declarações de Bruno Gino e da condição de Pablo Marçal continua, dividindo opiniões e gerando debates sobre a precisão das informações médicas e a interpretação dos protocolos hospitalares.