Mulher m0rre após infecção generalizada causada por procedimento den… ver mais

Uma fatalidade abalou a cidade da Serra, no Espírito Santo, deixando familiares e amigos em luto e levantando questionamentos sobre a qualidade do atendimento médico e odontológico na região. Kamila Quadra, uma mulher de 35 anos, perdeu a vida após desenvolver uma infecção generalizada, desencadeada por um procedimento dentário realizado em uma clínica local. O que deveria ter sido um simples tratamento para um dente quebrado acabou se tornando um pesadelo irreversível.
Segundo relatos da família, Kamila quebrou um dente enquanto comia e, imediatamente, procurou uma clínica odontológica para resolver o problema. O atendimento que recebeu, no entanto, gerou dúvidas desde o início. Nenhuma medicação preventiva foi prescrita e, nos dias seguintes ao procedimento, sua saúde começou a se deteriorar rapidamente. O que parecia ser apenas um desconforto pós-tratamento logo evoluiu para uma condição extremamente grave.
Preocupada com os sintomas que não melhoravam, Kamila tentou entrar em contato com a clínica para relatar seu estado. A resposta que recebeu, no entanto, foi desanimadora. Em vez de um atendimento emergencial, recebeu apenas um áudio recomendando que buscasse um cirurgião bucomaxilofacial. Além disso, a dentista responsável negou qualquer relação entre o procedimento realizado e os sintomas que a paciente apresentava. Enquanto isso, a infecção avançava sem controle.
Diante da piora no quadro, Kamila seguiu a recomendação e conseguiu atendimento com um cirurgião, que rapidamente percebeu a gravidade da situação e a encaminhou a um hospital. Mas o socorro ainda estava longe de ser adequado. Em sua luta por atendimento, a paciente visitou um centro de saúde quatro vezes. Em todas essas ocasiões, recebeu apenas medicação para alívio da dor, sem que exames mais detalhados fossem solicitados.
Somente após uma insistência desesperada de sua mãe, que não aceitava a falta de respostas concretas, Kamila foi internada para uma avaliação mais aprofundada. Com os exames finalmente realizados, veio a confirmação do que já era temido: a infecção estava em estágio avançado e se espalhando rapidamente. No dia 19 de fevereiro, ela foi transferida para o Hospital Estadual Dório Silva, onde permaneceu internada por 16 dias.
Durante esse período, Kamila passou por uma cirurgia na boca na tentativa de conter a infecção. No entanto, o tratamento já vinha tarde demais. A infecção atingiu o sistema respiratório, resultando em uma pneumonia severa, agravando ainda mais sua condição. Apesar dos esforços da equipe médica, seu quadro não apresentou melhoras significativas.
Na sexta-feira fatídica, o pior aconteceu. Kamila sofreu uma parada cardiorrespiratória. Os profissionais de saúde tentaram reanimá-la por 1h30, mas, infelizmente, seus esforços foram em vão. Ela faleceu, deixando familiares desolados e sem explicações satisfatórias sobre o que levou a essa tragédia.
Agora, a família luta por justiça e quer respostas. Por que a clínica odontológica não tomou as precauções necessárias para evitar complicações? Por que os centros de saúde pelos quais Kamila passou não agiram com mais rapidez e atenção? O caso levanta uma série de questionamentos sobre a qualidade dos atendimentos médicos e odontológicos e a necessidade de protocolos mais rígidos para evitar tragédias semelhantes.
A história de Kamila serve como um alerta para a importância de buscar atendimento de qualidade e exigir explicações sempre que algo parecer fora do normal. Infecções resultantes de procedimentos dentários podem ser extremamente perigosas se não forem tratadas a tempo. O caso ressalta a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa em clínicas odontológicas e de um atendimento médico mais eficaz para evitar que situações como essa se repitam.
O episódio também evidencia a importância de que profissionais da saúde levem a sério as queixas de seus pacientes. Muitas vezes, sintomas graves são negligenciados, e as consequências podem ser fatais. É essencial que os serviços de saúde, tanto públicos quanto privados, garantam um atendimento ágil e eficiente, priorizando sempre o bem-estar dos pacientes.
A perda de Kamila não pode ser em vão. Sua história deve servir como um alerta para que medidas sejam tomadas, garantindo que outras pessoas não passem pelo mesmo sofrimento. Mais do que buscar justiça, sua família quer evitar que tragédias como essa voltem a acontecer. É urgente que autoridades e órgãos reguladores fiscalizem e cobrem mais responsabilidade dos profissionais de saúde, evitando que erros como esse custem vidas.
Enquanto isso, fica a dor da perda irreparável e a esperança de que sua história traga mudanças para um sistema que, muitas vezes, falha exatamente quando mais se precisa dele.