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Relembre o que papa Francisco falou sobre Lula, Dilma e Bolsonaro

Nos últimos anos, o papa Francisco se encontrou com vários líderes mundiais no Vaticano. Esses encontros foram bem importantes e geralmente giraram em torno de assuntos como paz mundial, meio ambiente, migração e direitos humanos. E claro, sempre rola aquela troca de presentes simbólicos entre o papa e os chefes de Estado, que é meio tradição nessas ocasiões.

Entre os brasileiros que já tiveram esse encontro com o pontífice estão o presidente Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff. Os dois se reuniram com Francisco enquanto ainda tavam no comando do Brasil. Já o ex-presidente Jair Bolsonaro nunca chegou a ter uma audiência com o papa, mesmo tendo passado por Roma durante o G20 em 2021. Ele até tava lá, mas não rolou esse encontro com o líder da Igreja Católica. Michel Temer até chegou a conhecer o papa também, mas isso foi quando ele ainda era vice, antes de assumir a presidência.

Agora, tem uma parte que pegou forte mesmo foi uma entrevista que o papa deu no final de março de 2023 pra uma emissora argentina, a C5N. Nessa conversa, ele foi bem direto e disse que Lula foi condenado sem provas. Também falou que Dilma era uma mulher de “mãos limpas”. Ele entrou nesse papo quando perguntaram sobre o tal “lawfare”, que é basicamente quando o sistema de Justiça é usado pra perseguir adversários políticos.

O papa explicou que esse tipo de perseguição começa pela mídia, que vai construindo uma imagem negativa da pessoa. Depois vêm acusações, processos… e mesmo sem provas, acabam condenando. Ele usou justamente o exemplo do Lula pra mostrar isso: “cadê o crime? parece que tem, né? então condena”. Essa foi a lógica que ele criticou.

E sobre Dilma, ele foi super elogioso também, falou que ela sofreu impeachment mesmo sem ter feito nada errado. Disse que era uma mulher excelente. Essas falas do papa repercutiram bastante na época, especialmente no Brasil, que tava super polarizado politicamente. Teve gente que aplaudiu, teve quem criticou.

Mais tarde, em dezembro de 2022, o papa voltou a falar do caso Lula, dessa vez pra um jornal espanhol. Disse que tudo começou com uma fake news e que os julgamentos têm que ser justos, com tribunais que só querem fazer justiça mesmo, sem interesses por trás.

Em 2023, Lula e Dilma voltaram a se encontrar com Francisco. Em junho, Lula teve uma reunião com ele lá no sul da Itália, durante um evento onde se discutiu temas como a fome no mundo, a paz e a desigualdade social. Dois meses antes disso, foi a vez de Dilma, que agora é presidente do Banco dos BRICS, ser recebida lá no Vaticano. Os dois encontros foram bem simbólicos.

E mesmo sem ter tido um encontro com o papa, Bolsonaro acabou sendo citado por ele, de forma indireta. Em outubro de 2022, quando o clima das eleições tava pegando fogo aqui no Brasil, o papa fez uma oração durante a saudação dele na Praça São Pedro. Pediu pra Nossa Senhora Aparecida proteger o povo brasileiro e livrar do ódio e da violência. Não falou nomes, mas muita gente entendeu como um recado político.

A fala dividiu opiniões. Os apoiadores de Bolsonaro não curtiram nada, acharam que o papa tava se metendo onde não devia. Já quem tava mais na linha do Lula ou querendo paz no país, viu como um gesto bonito, um apelo por união.

Enfim, tudo isso mostra que o papa Francisco tem se posicionado mais, não só nas questões religiosas, mas também políticas e sociais. Ele não tem medo de falar o que pensa, mesmo que isso gere polêmica.

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